Sabe aquele primeiro gole de café da manhã? Pra mim, é quase sagrado. Cresci tomando aquele cafezinho coado da vovó, forte e cheio de amor. Daí um dia, meio sem querer, entrei numa cafeteria escondida perto do trabalho. Nossa, que susto bom! Experimentei um cappuccino que mexeu comigo. Foi tipo um tapa de sabor, sabe? Nunca mais fui o mesmo.
O mundo dos tipos de cafés é uma loucura boa. Tem pra todo gosto, todo momento. É igual música – cada um tem seu estilo favorito, e tudo bem! Nas minhas andanças por aí, já tomei café em boteco simples e em cafeteria chique. Já conversei com barista metido e com produtor que fala com as plantas de café como se fossem filhos.
Quero dividir com você o que aprendi nessa jornada cafeeira. Dos cafés que seu avô tomava até aquelas invenções moderninhas que a gente vê no Instagram. Você também é daqueles que não funciona sem um cafezinho? Então vem comigo. Quem sabe você não acha um novo xodó pra chamar de seu?
Por que a gente ama tanto café?
Olha, café pra mim é tipo companheiro de jornada. Faz uns 15 anos que não passo um dia sem. E quanto mais eu provo, mais eu percebo que cada xícara conta uma história diferente.
No começo era uma bagunça na minha cabeça. Expresso, coado, cappuccino, latte… parecia até outro idioma! Hoje eu dou risada disso. É tipo quando você começa a ouvir um estilo novo de música – no início tudo parece igual, depois você começa a notar as diferenças.
Tem café encorpado que parece abraço de tia. Tem café suave que é mais pra carinho. Tem café que acorda até defunto e tem aquele que você toma devagarinho, só pelo prazer mesmo.
O jeito que o café é plantado, colhido e torrado muda tudo. Já reparou como o cheirinho muda dependendo da torra? Os mais torradinhos ficam com aquele amargor gostoso, tipo chocolate meio amargo. Os mais clarinhos lembram frutas, às vezes até flores.
Doido isso, né? Tudo vindo daquele mesmo grãozinho.
De onde vem esse grãozinho mágico?
Você sabia que o café vem da África? Pois é. Descobri essa história numa palestra e achei o máximo. Dizem que um pastor chamado Kaldi percebeu que suas cabras ficavam agitadas depois de comer umas frutinhas vermelhas. Ele experimentou e tchanam! Descobriu o café.
Da África, o café pegou carona com comerciantes e foi parar no Oriente Médio. Os primeiros cafezinhos do mundo foram tomados por lá. Depois o negócio se espalhou. Europa, Américas… o mundo todo caiu na tentação.
Aqui no Brasil, então, o café virou paixão nacional. Tá no nosso sangue! Uma vez fui visitar uma fazenda de café em Minas. Meu Deus, que experiência! O dono falava dos pés de café como se fossem filhos. Conhecia cada cantinho da plantação. Aí entendi porque o café mineiro é tão especial – é feito com amor mesmo, viu?
O que faz cada café ter seu jeitinho?

Sabe quando você toma um café e pensa “nossa, esse é diferente”? Não é impressão sua não!
Tem vários fatores que mudam o gosto do café:
- Se é arábica ou robusta (são as espécies principais)
- O clima e a altura onde foi plantado
- Como foi colhido e preparado
- O quanto foi torrado
- A grossura da moagem
- O jeito que você prepara
Meu irmão diz que café é só café, tudo igual. Coitado… não sabe o que tá perdendo! Café pode ter gostinho de chocolate, frutas, nozes, caramelo e até florzinhas. Sério mesmo!
Cafezinhos que todo mundo deveria conhecer
Vamos ao que interessa? Depois de tanta experimentação, montei uma lista dos tipos de café que mais bombam por aí. Não são todos, claro, mas são os que você provavelmente vai encontrar nas cafeterias ou que vale a pena tentar fazer em casa.
Café expresso e a turma dele
O expresso é tipo o pai de um montão de outros cafés. É aquele cafezinho curto, concentrado e poderoso. A primeira vez que vi um barista italiano fazendo expresso parecia mágica. O cara sabia na hora quando o café estava no ponto só pelo barulho da máquina!
Expresso tradicional
É o básico: café moído fino, água quente sob pressão e pronto. Saem uns 30ml de puro prazer. Quando é bem feito, tem uma espuminha caramelo por cima que chamam de “crema”. Dizem que sem crema bonita, o café não presta. Vai por mim, tem fundamento.
O expresso bom dá um tapa na cara – mas daqueles que a gente pede mais.
Ristretto
Esse é o irmão menor e mais bravo do expresso. Usa a mesma quantidade de café, mas com menos água (uns 15-20ml). Eu conheci na Itália. Achei que ia morrer quando tomei o primeiro gole de tão forte que era. Depois virou vício.
Lungo
É o contrário do ristretto. Um expresso mais “aguado”, com uns 40-50ml. Menos concentrado, mas com amargor mais presente. Bom pra quem acha expresso muito curto e café americano grande demais.
Café com leite pra aquecer a alma
Tem quem torça o nariz, mas café com leite é uma delícia. E olha, tem várias formas de misturar essas duas maravilhas. Cada uma com seu jeitinho especial.
Cappuccino
O famosinho! É aquele que tem três camadas: café expresso, leite vaporizado e espuma de leite, em partes mais ou menos iguais.
Na minha primeira tentativa de fazer cappuccino em casa, a espuma ficou parecendo sabão de lavar louça. Uma tristeza! Hoje já consigo até desenhar um coraçãozinho meio torto na espuma. A gente evolui, né?
Latte
O queridinho da galera que não curte café muito forte. Tem bastante leite vaporizado (tipo três partes de leite pra uma de café) e uma camadinha fina de espuma por cima.
É meu pedido certo quando tô trabalhando. Suave, gostoso e dura mais tempo que um expresso.
Flat White
Esse veio da Austrália e da Nova Zelândia. É tipo um latte mais forte, com dois expressos e leite vaporizado sem muita espuma.
O segredo tá no leite cremosinho, que eles chamam de “microfoam”. Um amigo barista me ensinou que a textura do leite tem que parecer tinta líquida. Olha, acertando essa textura, o negócio fica bão demais da conta!
Macchiato
“Macchiato” quer dizer “manchado” em italiano. É um expresso com uma manchinha de espuma de leite. Tipo um cafezinho que recebeu só um beijinho de leite.
Tem também o latte macchiato, que é o contrário: muito leite com um pouquinho de café. Os baristas capricham nas camadas pra ficar bonito no copo transparente.
Cafés moderninhos que viraram moda

Na onda das cafeterias descoladas, surgiram vários métodos de preparo que fazem a gente repensar o que é café. Alguns parecem coisa de laboratório, mas o resultado vale a pena!
Café coado no filtro (Pour Over)
É o café de filtro com metodologia. Em vez de jogar a água de qualquer jeito, você despeja bem devagar, em movimentos circulares. Parece besteira, mas muda tudo.
Comprei um desses filtrinhos chamado V60 e virou meu programa de fim de semana. Faço o café lentamente enquanto ouço música. É quase uma terapia!
Café na prensa francesa
Essa é pra quem gosta de café encorpadão. É uma jarra com um filtro que você empurra depois que o café fica de molho na água quente por uns 4 minutos.
Foi a primeira cafeteira que comprei quando saí da casa dos meus pais. Baratinha e fácil de usar. O café sai forte e com uma oleosidade gostosa que o filtro de papel não deixa passar.
Cold Brew
Não é café gelado não! É café feito com água fria mesmo, que fica descansando na geladeira por 12-24 horas. Sai um café doce naturalmente, menos ácido.
Descobri o cold brew no verão passado e foi um achado! Tenho problema de azia com café quente, mas o cold brew não me dá problema nenhum. E ainda refresca!
Café turco/árabe
Um dos mais antigos do mundo. O pó bem fininho é fervido direto com a água e o açúcar numa panelinha especial. Você toma com pó e tudo, que vai pro fundo.
Experimentei numa viagem e achei o ritual lindo. O sabor é intenso pacas! Em alguns lugares, depois que você toma, viram a xícara no pires e “leem” seu futuro no desenho que a borra faz. Minha “leitura” dizia que eu ia encontrar o amor. Tô esperando até hoje!
Aeropress
É um tubinho de plástico com um êmbolo, inventado em 2005. Parece um brinquedo, mas faz um café e tanto! Mistura imersão com pressão.
Levo meu Aeropress quando vou acampar. Meus amigos sempre zoam, tipo “sério que você trouxe isso?”, mas depois ficam todos na fila pra tomar o café.
Cafés que são quase sobremesa

Nem todo café precisa ser “purão”. Às vezes a gente quer mimar o paladar com algo mais docinho, né?
Mocha
É um latte com chocolate! Junta expresso, leite vaporizado e calda de chocolate. Uma tentação. Algumas versões vêm com chantilly por cima e raspas de chocolate.
Foi meu “café de entrada” no mundo das cafeterias. Eu não gostava muito de café puro, mas o mocha me conquistou pela combinação com chocolate. Porta de entrada perfeita!
Café irlandês
Um dos meus xodós pra noite fria. Leva café quente, uísque irlandês, açúcar e creme de leite por cima. É servido em copo transparente pra você ver as camadas.
Aprendi a fazer em casa e sempre faço quando recebo amigos em noites de jogos. Todo mundo fica impressionado com as camadas bonitas, mas é mais fácil de fazer do que parece.
Affogato
Tecnicamente é uma sobremesa, mas tem café, então vou incluir! É uma bola de sorvete de baunilha “afogada” num expresso quente.
É o contraste perfeito – quente e frio, amargo e doce. Faço em casa nos domingos à tarde como um agrado pra mim mesmo. Pequenos prazeres da vida!
Café com especiarias
Em muitos lugares pelo mundo, o café ganha uma turbinada com especiarias. No Oriente Médio jogam cardamomo, na América Latina canela é a pedida.
No inverno, sempre coloco um pauzinho de canela no meu café. Além de ficar uma delícia, esquenta mais e dá aquela sensação de aconchego.
Cafezinhos gelados pra refrescar
Café não é só pra esquentar não. Os cafés gelados viraram febre e têm seus próprios métodos e estilos. Perfeitos pro nosso verão brasileiro!
Café gelado tradicional
É o café normal, feito quente e depois resfriado com gelo. Diferente do cold brew que já falei antes.
Uma dica de ouro: faço cubos de gelo DE CAFÉ pra colocar no café gelado. Assim ele não fica aguado quando o gelo derrete. Truque simples que muda tudo!
Frappuccino
Aquele café batido com gelo, leite e xaropes que as grandes redes de café vendem. Normalmente vem coberto de chantilly e caldas. É mais uma sobremesa que um café, sejamos honestos!
Fiz minha versão caseira reduzindo açúcar e trocando por leite de amêndoas. Menos calorias e igualmente gostoso. Bato tudo no liquidificador e pronto!
Nitro Cold Brew
Essa é das mais moderninhas. É o cold brew com nitrogênio, tipo uma cerveja. Fica cremoso naturalmente, sem precisar de leite. É servido direto da torneira especial, sem gelo.
Provei pela primeira vez no ano passado e fiquei besta. A textura é incrível, parece veludo na boca. Senti-me muito “descolado” tomando aquilo.
Grãos diferentes pra gostos diferentes
Todo café começa no grão, e a escolha dele muda tudo. Existem dois tipos principais que você vai encontrar:
Café Arábica
É o queridinho dos cafés especiais. Cresce em lugares mais altos e fresquinhos. Tem um gosto mais suave, com notas de frutas, flores ou nozes.
Os melhores que já tomei são 100% arábica. Mais carinhos, mas valem cada centavo. Aqueles cafés de Minas, da Chapada Diamantina ou da Mogiana Paulista são um show à parte.
Café Robusta
Como o próprio nome diz, é mais “bruto”. Tem mais cafeína, gosto mais forte e amargo, com aquela cara de “café de boteco”. É mais resistente e cresce em mais lugares.
Muitas misturas de café expresso usam um pouco de robusta pra dar corpo e aquela espuminha (crema) bonita. açúcar e usando leite de amêndoas, que se tornou meu lanche da tarde preferido nos verões.
Nitro Cold Brew
Esta inovação recente infunde nitrogênio no cold brew, criando uma textura cremosa semelhante à de uma cerveja stout. A bebida é servida direto de uma torneira especial, sem gelo, para preservar a cremosidade.
Experimentei pela primeira vez em uma cafeteria especializada e fiquei impressionado com a textura aveludada e a experiência sensorial completamente diferente de outros cafés gelados.
As diferenças entre os grãos de café

Após conversar com produtores e participar de cursos sobre café, entendi que a escolha dos grãos é fundamental para o resultado final na xícara. Existem principalmente duas espécies utilizadas comercialmente:
Café Arábica
O Arábica representa cerca de 60% da produção mundial de café. Cultivado em altitudes mais elevadas (geralmente acima de 900m), tem sabor mais suave e complexo, com notas frutadas, florais e de nozes.
Meus cafés favoritos são sempre 100% arábica, especialmente os cultivados em regiões montanhosas como a Serra do Caparaó no Brasil ou Huehuetenango na Guatemala.
Café Robusta
O Robusta é mais resistente a doenças e condições adversas, podendo ser cultivado em altitudes mais baixas. Contém aproximadamente o dobro de cafeína do arábica e apresenta sabor mais forte e amargo, com notas terrosas.
É amplamente utilizado em blends para expressos italianos tradicionais, contribuindo com corpo e crema. Um bom blend com porcentagem equilibrada de robusta pode criar um expresso encorpado perfeito para cortar o leite em bebidas como cappuccino.
Blends e cafés de origem única
Enquanto os blends (misturas de grãos de diferentes origens) oferecem consistência e equilíbrio, os cafés de origem única (single origin) permitem apreciar as características específicas de uma região.
Minha jornada no café começou com blends, mas com o tempo desenvolvi grande apreço pelos cafés de origem única, que contam a história de seu terroir assim como os vinhos.
Os diferentes níveis de torra
A torra transforma os grãos verdes em grãos de café prontos para o consumo, desenvolvendo aromas e sabores. Os diferentes níveis de torra resultam em perfis sensoriais distintos:
Torra clara
A torra clara preserva mais os sabores originais do grão, resultando em cafés mais ácidos e com notas frutadas e florais mais evidentes. É ideal para métodos filtrados como V60 ou Chemex.
Minha primeira experiência com uma torra clara foi reveladora – nunca imaginei que café poderia ter notas tão vivas de frutas vermelhas e cítricas!
Torra média
A torra média equilibra acidez e corpo, com notas de chocolate e caramelo começando a se desenvolver. É versátil, funcionando bem em diversos métodos de preparo.
Este é o nível de torra que mais utilizo em casa, pela sua versatilidade e equilíbrio entre acidez e doçura.
Torra escura
Na torra escura, os óleos dos grãos afloram à superfície, criando um visual brilhante. O sabor se torna mais amargo e menos ácido, com notas de chocolate amargo, especiarias e castanhas tostadas.
Tradicionalmente usada para expressos na Itália, a torra escura é apreciada por quem gosta de cafés mais encorpados e intensos.
A arte da moagem correta
A granulometria da moagem afeta diretamente o tempo de extração e, consequentemente, o sabor do café. Aprendi na prática que cada método de preparo exige um tipo específico de moagem:
Método de Preparo | Tipo de Moagem | Tempo de Extração |
---|---|---|
Café Turco | Ultrafina | 2-3 minutos |
Expresso | Fina | 25-30 segundos |
Moka Pot | Média-fina | 3-4 minutos |
Coado/Pour Over | Média | 2-3 minutos |
Prensa Francesa | Grossa | 4-5 minutos |
Cold Brew | Extra grossa | 12-24 horas |
Depois que comprei um moedor de café em casa, a qualidade das minhas bebidas melhorou significativamente. A moagem na hora preserva aromas que se perdem rapidamente após o café ser moído.
O impacto da água na qualidade do café
Uma revelação que tive em um workshop com um barista campeão foi o quanto a água influencia no resultado final do café. A água representa mais de 98% da bebida, então sua qualidade é fundamental.
A água ideal para café deve ser:
- Livre de cloro e impurezas
- Com pH neutro (entre 6,5 e 7,5)
- Com mineralização moderada (entre 75-250 ppm de TDS)
Comecei a usar um filtro específico para água de café em casa, e a diferença foi surpreendente – o mesmo café parecia mais limpo e com sabores mais definidos.
Como escolher o tipo de café ideal para cada momento
Com tantas opções disponíveis, como escolher o café certo para cada ocasião? Baseado em minha experiência, criei um pequeno guia:
- Manhãs agitadas: Um expresso ou café coado forte para aquele impulso de energia necessário
- Após o almoço: Um café mais leve, como um latte ou cappuccino, que não interfira na digestão
- Tardes de trabalho: Um método filtrado como V60 ou Chemex, que oferece clareza mental sem excesso de cafeína
- Noites de verão: Cold brew ou café gelado, refrescantes e com menor acidez
- Momentos de relaxamento: Um flat white ou café com especiarias, para saborear lentamente
- Comemorações: Um café especial de origem única, preparado com atenção aos detalhes
A temperatura ambiente também influencia minhas escolhas – nos dias frios, prefiro cafés mais encorpados e aromáticos, enquanto no calor, bebidas mais refrescantes e leves ganham minha preferência.
Acessórios essenciais para explorar os tipos de cafés em casa
Minha jornada no universo do café me levou a investir em alguns equipamentos que transformaram minha experiência caseira:
Moedor de grãos
Um bom moedor de grãos é possivelmente o investimento mais importante para quem deseja melhorar a qualidade do café em casa. Os moedores de fresas cônicas preservam melhor os aromas e permitem ajuste preciso da granulometria.
Balança de precisão
Parece exagero, mas pesar o café e a água garante consistência nos resultados. Uma proporção comum para métodos filtrados é 1:15 (1g de café para 15ml de água), mas isso pode variar conforme o método e preferência pessoal.
Chaleira com bico fino
Para métodos como V60 e Chemex, uma chaleira com bico fino permite controle preciso sobre o fluxo de água e sua distribuição pelo café moído.
Termômetro
A temperatura ideal de extração varia entre 88°C e 96°C, dependendo do tipo de café e método de preparo. Um termômetro ajuda a atingir a temperatura correta para realçar as melhores características do café.
“O café é uma linguagem em si mesmo. Com apenas um gole podemos falar de terroir, altitude, processamento, torra e preparo. É uma conversa entre o produtor e o consumidor que atravessa continentes.” – James Hoffmann, campeão mundial de barismo e autor
Os benefícios de conhecer diferentes tipos de cafés
Explorar a diversidade de cafés disponíveis não é apenas um exercício de prazer gustativo – existem benefícios práticos em expandir seu repertório:
- Economia a longo prazo, ao preparar em casa bebidas que antes comprava em cafeterias
- Desenvolvimento do paladar e capacidade de apreciar nuances em outras bebidas e alimentos
- Conexão com culturas e tradições de diferentes partes do mundo
- Flexibilidade para adaptar o café ao seu humor, necessidade de cafeína ou ocasião
- Domínio de habilidades culinárias que impressionam amigos e familiares
- Maior conscientização sobre cadeias de produção e comércio justo
Quando comecei a me aprofundar no mundo do café, não imaginava como isso mudaria minha percepção sobre consumo consciente e sustentabilidade. Hoje, faço questão de conhecer a origem dos cafés que consumo e valorizar produtores que adotam práticas responsáveis.
A cultura do café ao redor do mundo
Os rituais e tradições associados ao café variam enormemente entre países e regiões. Nas minhas viagens, sempre busco vivenciar essas experiências únicas:
- Na Itália, o expresso é consumido rapidamente no balcão, como um momento de pausa breve e energizante
- Na Etiópia, a cerimônia do café pode durar horas, com três infusões sucessivas dos mesmos grãos
- Na Finlândia, o país com maior consumo per capita, o café é frequentemente acompanhado de pastéis de canela
- No Brasil, o cafezinho é símbolo de hospitalidade e oferecido em quase qualquer visita
- Na Turquia, ler a borra do café é uma tradição de adivinhação que persiste há séculos
Estas diferenças culturais mostram como o café se adaptou a diversos contextos, enquanto mantém sua essência como bebida social que aproxima pessoas.
Tendências atuais no mundo dos cafés
O universo cafeeiro está em constante evolução. Algumas tendências que tenho acompanhado recentemente incluem:
Cafés de fermentação estendida
Inspirados em técnicas da vinicultura, produtores têm experimentado com fermentações controladas dos grãos para desenvolver perfis de sabor mais complexos e diferenciados.
Sustentabilidade e rastreabilidade
Consumidores cada vez mais exigem conhecer a origem exata de seus cafés e as práticas ambientais e sociais envolvidas na produção.
Bebidas plant-based
Alternativas vegetais ao leite, como amêndoas, aveia e coco, ganharam espaço nas cafeterias, criando novas possibilidades de harmonização com diferentes tipos de café.
Cafés funcionais
A adição de ingredientes como cogumelos adaptógenos, colágeno ou CBD tem criado uma nova categoria de cafés com propósitos específicos além da cafeína.
Preparo a frio em todas as estações
Métodos como cold brew deixaram de ser exclusivos do verão e encontraram seu espaço durante o ano todo, com variações sazonais.
Principais takeaways sobre tipos de cafés
• Os tipos de cafés variam enormemente em sabor, corpo e aroma dependendo da origem, processamento e preparo
• O café expresso serve como base para muitas outras bebidas populares como cappuccino, latte e macchiato • Métodos alternativos como pour over, prensa francesa e cold brew oferecem experiências sensoriais distintas • A qualidade da água, moagem e temperatura são fatores críticos que afetam o resultado final
• Conhecer diferentes tipos de café permite adaptar a bebida às suas preferências pessoais e ocasiões
• A cultura cafeeira varia entre países, com rituais e tradições particulares em cada região
• O consumo consciente de café pode apoiar práticas sustentáveis e comércio justo
Perguntas frequentes sobre tipos de cafés
Qual a diferença entre café arábica e robusta? O arábica tem sabor mais suave e complexo, com notas frutadas e florais, enquanto o robusta é mais forte, amargo e com maior teor de cafeína.
Qual a melhor forma de armazenar café em casa? Em recipiente hermético, protegido da luz, calor, umidade e odores fortes, preferencialmente em grãos que serão moídos apenas no momento do preparo.
Por que o café de cafeteria parece diferente do que faço em casa? As cafeterias geralmente usam equipamentos profissionais, água filtrada específica para café e grãos frescos moídos na hora.
Qual o melhor tipo de café para iniciantes? Bebidas com leite como cappuccino ou latte são boas opções por terem o amargor do café suavizado pela doçura natural do leite.
O café descafeinado tem o mesmo sabor que o café normal? O processo de descafeinação pode alterar sutilmente o sabor, mas métodos modernos preservam grande parte das características originais.
Qual a diferença entre torra clara e escura? A torra clara preserva mais acidez e notas originais do grão, enquanto a torra escura desenvolve mais amargor, corpo e notas de chocolate e especiarias.
Qual o café com maior teor de cafeína? Em geral, o café robusta contém aproximadamente o dobro de cafeína do arábica. Entre os métodos, o cold brew tende a extrair mais cafeína devido ao longo tempo de contato.
O expresso tem mais cafeína que outras bebidas de café? Um shot de expresso contém menos cafeína que uma xícara de café filtrado devido ao menor volume, mas tem maior concentração por ml.
É possível fazer cappuccino sem máquina de expresso? Sim, pode-se usar café forte coado e espumar o leite com batedor manual ou aquecê-lo em panela e bater com mixer.
Os cafés especiais são realmente melhores ou é apenas marketing? Cafés especiais seguem padrões rigorosos de qualidade, cultivo e pontuação em degustações. A diferença é perceptível para a maioria dos consumidores, especialmente em métodos que destacam o sabor dos grãos.